CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI - Gestão 2009/2010

Eleitos em 30 de março de 2009
Presidente da Assembléia Geral
MAGNO BOLLMANN (Prefeito de São Bento do Sul)
Vice-Presidente 1 - OSNI JOSÉ SCHROEDER (Prefeito de Rio Negrinho)
Vice-Presidente 2 - LUIZ CARLOS TAMANINI (Prefeito de Corupá)
Vice-Presidente 3 - VILMAR GROSSKOPF (Prefeito de Campo Alegre)
Respectivamente:
1 - Vice-Presidente de Política de Recursos Hídricos e Proteção aos Mananciais
2 - Vice-Presidente de Educação Ambiental, Mobilização Participativa e Assuntos Institucionais
3 - Vice-Presidente da Integração e Programas Regionais, e Tecnologia
Secretária Executiva - LEONI FÜERST PACHECO (Prefeitura de Rio Negrinho)
Sub-Secretário - MAURO FERNANDES BÁCSFALUSI (Prefeitura de São Bento do Sul)
SEDE DO CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI
Rua Felipe Schmidt, 331 - Sala 1
89.290-000 / São Bento do Sul - SC
Caixa Postal - 541
Fone/fax: (047)3633-3455
E-mail: consorcio@quiriri.com.br / leoni@quiriri.com.br / mauro@quiriri.com.br


Plantações como sumidouros de CO2: a fraude do carbono em seu pior aspecto


Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, Ecoblogue, 24 de agosto de 2009


Enquanto para a maior parte da humanidade a mudança climática significa desastre, algumas mentes empresariais a percebem como uma boa oportunidade de negócios. Na forma por eles considerada, a mudança climática diz respeito às emissões de carbono e o carbono pode ser comercializado como uma mercadoria no mercado global. Tal mercado- é o que eles dizem- pode valer bilhões ou inclusive trilhões de dólares e eles esperam que redunde em grandes lucros para si. Não importa se tal mercado não tem qualquer valor em absoluto para deter a mudança climática; apenas conta seu valor como um investimento lucrativo.

O problema é que essas pessoas têm poder e muita influência tanto em nível nacional quanto internacional, onde a legislação e os acordos são feitos sob medida para adaptar-se a seus desejos. Esse foi o caso na Convenção sobre Mudança Climática e seu correspondente Protocolo de Kioto, que cedeu às pressões ao aceitar o mercado de carbono como uma das “soluções” para a mudança climática. Assim o chamado “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo” foi aprovado como um meio para “compensar” as emissões de CO2.

Adicionalmente, o apoio governamental às abordagens do “mercado livre” permitiu que os mesmos atores estabelecessem um mercado de carbono voluntário em que as pessoas são ludibriadas ao acreditarem que pagando umas taxas podem ficar livres de culpa por suas emissões de CO2- por exemplo, nas viagens de avião. Assim surgiu o mercado de “carbono- neutro”.

Tanto o mercado de carbono “oficial” quanto o “não oficial” têm incluído as plantações de árvores como um dos possíveis mecanismos para “compensar” as emissões.

O WRM tem produzido abundantes informações sobre os impactos das plantações de árvores em geral, tem desenvolvido análises sobre as razões pelas quais as plantações não deveriam ser consideradas como sumidouros de carbono, tem detalhado as razões para opor-se ao mercado de carbono e tem explicado por que “a neutralidade do carbono” é uma fraude. Todas estas informações estão disponíveis em nosso site.

Agora queremos focalizar uma única questão, que é em si mesma suficiente para as plantações de árvores serem excluídas como sumidouros de carbono: o risco de incêndio.


Imagine a seguinte situação. Uma empresa poluidora no Norte paga a um vendedor de “carbono-neutro” que promete “compensar” suas emissões plantando árvores. Assumamos que as árvores são plantadas de fato e que absorvem todo o volume de carbono emitido pela empresa poluidora. Seis anos mais tarde, a plantação toda incendeia- se. O resultado será que a plantação queimada terá liberado todo o volume de carbono que supostamente devia compensar. Isso significa que a plantação só terá servido para permitir a empresa poluidora evitar investir naquilo que é mais necessário sob uma perspectiva climática: cortar as emissões.

O anterior é o cenário de uma situação real, porque os tipos de plantações mais comuns- eucaliptos e pinheiros- são naturalmente propensos ao incêndio. Os dois tipos de árvores são altamente inflamáveis nas florestas naturais – os incêndios na realidade colaboram para superar a concorrência de outras espécies- e são ainda mais inflamáveis em plantações de rápido crescimento em grande escala porque geram um ambiente muito seco sob suas copas, ideal para o fogo se espalhar.

Adicionalmente, as condições sociais que criam também fazem com que sejam alvos de incêndios provocados em diferentes locais em que os moradores foram afetados. Ainda que não seja um fato provado, dizem que alguns incêndios em lugares tão distantes como Chile e Suazilândia, têm sido iniciados por moradores locais deslocados ou afetados pelas plantações. Há aproximadamente 10 anos, na Venezuela, os empregados das plantações da empresa celulósica Smurfit tinham ordens de registrar todas as pessoas das comunidades locais que passavam próximas às plantações e confiscar fósforos e acendedores por medo de incêndios provocados. E a possibilidade era real porque a maioria dos moradores queria de fato pôr fogo nas plantações e o expressava abertamente.

Tanto por razões sociais quanto ambientais, as plantações constantemente ardem ao redor do mundo. Alguns dos casos que tiveram mais cobertura mediática incluem as plantações- e florestas- na Austrália, Espanha, Portugal, Chile, África do Sul, Suazilândia. Mas basta com fazer uma busca simples na internet para encontrar mais incêndios relacionados com plantações em países com vastas áreas de monoculturas de árvores.

A conclusão óbvia quanto às plantações como sumidouros de carbono é que é muito imprudente- por não dizer diretamente estúpido- usar as plantações para armazenar carbono. As plantações como sumidouros têm um único aspecto positivo: retratam a fraude do mercado de carbono em seu pior aspecto.

Reator a plasma gera energia do lixo

Reator a plasma gera energia do lixo

Texto de Lucélia Barbosa -  Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo

Pesquisadores do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) estão desenvolvendo um trabalho conjunto que transformará, por meio de um reator a plasma, resíduos urbanos, sólidos ou líquidos, em energia elétrica. O projeto foi dividido em duas fases. A primeira, já concluída, concentrou-se no conceito do próprio reator. Foi desenvolvida uma primeira unidade-piloto, ainda em escala de laboratório, utilizando um equipamento já existente no IPT, o qual possibilitou observar a produção e a qualidade do gás obtida no reator. A segunda, em andamento, consiste na construção de uma versão otimizada da máquina e na aquisição de uma turbina a gás.

O plasma é um gás ionizado, reativo, com alta temperatura que, ao entrar em contato com o lixo, faz a sua decomposição e o transforma em líqüido ou gás. Segundo Choyu Otani, pesquisador do laboratório de Plasmas e Processos do ITA, “a energia elétrica será gerada a partir do poder calorífico de alguns resíduos presentes no lixo urbano”. A transformação acontece através de um ciclo combinado que utiliza duas turbinas, uma a gás e outra vapor, ensina Antonio Carlos da Cruz, pesquisador do Grupo de Plasma do IPT. “A conversão é feita a partir da oxidação parcial do lixo dentro do reator que ao entrar em contato com a tocha do plasma (em altíssima temperatura) produz um gás combustível (essa queima vai gerar energia), chamado de síntese. Esse, rico em monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H2), vai para a turbina a gás, que faz melhor aproveitamento do calor, gerando mais energia. Em seguida, utiliza-se a outra turbina, onde os gases quentes se aquecem na água e produzem vapor.”

Segundo ele, a energia gerada será suficiente para manter todo o processo em funcionamento. Além disso, há a possibilidade de gerar excedentes de energia, cuja quantidade ainda é desconhecida, que poderiam ser destinada a outros fins.

Preservação ambiental

A nova tecnologia, afirmam os pesquisadores, leva grande vantagem sobre a incineração, um sistema que utiliza temperatura de 800º C e que não queima todos os resíduos porque depende do poder calorífico do próprio lixo, além de gerar cinzas – material altamente poluente. O reator a plasma, por sua vez, faz a gaseificação desse resíduo com temperaturas entre 5 e 10 milº C e não gera cinzas. Como explicou Cruz, a alta temperatura da tocha do plasma permite que todo o resíduo sólido alimentado no reator seja “inertizado”, inibindo, assim, a formação de poluentes. “O que não se transforma em gás, aqueles metais que não volatilizam, ficam incorporados à massa fundida. O processo é interessante tanto do ponto de vista da geração de energia, como de não-produção de tóxicos. Esse é um ponto básico de alta relevância em termos de meio ambiente”, concluiu.

Segundo Otani, ao retirar a massa fundida do reator, ela passa por um processo de drenagem e resfriamento adequados, resultando num material que poderá ser utilizado na pavimentação de ruas ou na produção de cerâmicas. “O resultado vai depender do lixo que se processar. Se for bastante ferro, vai sair ferro como produto principal, se tiver bastante argila, barro, vai sair bastante cerâmica.” Quanto à seleção do lixo, Cruz disse que o sistema deve operar integrado à unidade de coleta e triagem do resíduo, no sentido de promover seu reaproveitamento. “Na verdade, os materiais que interessam na conversão a plasma são aqueles que chegaram ao limite de reciclabilidade.” 

Os dois pesquisadores acreditam que o reator poderá, no futuro, depois de consolidada a tecnologia, ser uma das soluções para minimizar o volume do lixo destinado aos aterros, já escassos no Brasil. “No Japão, por exemplo, a falta de espaço é tanta que até as cinzas constituem um problema. A solução foi aplicar a técnica do plasma fazendo, assim, a inertização dessas cinzas”, mencionou Cruz. Para Otani, o ideal seria desenvolver uma gestão bem elaborada, calibrada para ver o que é reutilizável e o que não é. “Àquele resíduo que atrapalha a vida de todo mundo com certeza o plasma seria uma das melhores soluções porque diminui o volume e ainda pode gerar energia.”


Previsão

A estrutura física do reator está sendo feita no IPT e deve ficar pronta ainda em 2007, mas o projeto completo levará dois anos para ser concluído. A quantidade de lixo a ser processado dependerá do tamanho do equipamento – na fase piloto, os pesquisadores estimam que os resíduos cheguem a até 100 quilos/hora. 
Apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio do Pipe (Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas) e pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o projeto recebeu R$ 400 mil da primeira e R$ 3,2 milhões da segunda instituição, que também está interessada na pesquisa sobre tratamento de resíduos da indústria do petróleo. Para executá-lo “de forma mais confortável”, no entanto, Cruz calcula que seriam necessários R$ 10 milhões. A Multivácuo, pequena empresa de base tecnológica, pretende comercializar a tecnologia.

 
Fonte: Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo

Enviado por Henry em 26/05/2009









Nova energia hidrelétrica 2


Nova energia hidrelétrica
texto de henry Henkels

No Brasil, a mais significativa modalidade de geração de energia elétrica é a hidrelétrica, predominantemente gerada em usinas de grande porte. A energia primária de uma hidrelétrica se baseia no potencial gravitacional da água contida num ponto elevado. Ou seja usa-se a diferença de nivel entre o ponto de tomada da água e o ponto de conversão em energia. A equação de rendimento de uma hidrelétrica está relacionada a dois fatores, a diferença de nível da água e a quantidade de água disponível, a vazão do rio.

Como a geração de energia está diretamente relacionada à vazão e não é possivel ter a mesma quantidade de água durante o ano inteiro, pois em épocas chuvosas, é claro, a quantidade de água aumenta, para aproveitar ao máximo as possibilidades de fornecimento de energia de um rio, tem-se então a necessidade regularizar a essa vazão, a fim de que a usina possa funcionar continuamente com a potência instalada otimizada. A vazão de água é regularizada pela construção de reservatórios (lagos) artificiais. Represando o rio, algumas vezes também é possivel elevar seu nível no ponto de tomada da água aumentando a geração potencial de energia.

A construção de represas, via de regra, se constitui de grandes empreendimentos de engenharia pesada e gera enormes interferências na natureza, quase sempre causando danos ambienteis - quando não sociais - consideráveis. A construção de grandes hidrelétricas hoje é sinônimo certo de desgastantes conflitos socio-ambientais de toda ordem.

Para contornar esse tipo de problemas começam a ser desenvolvidas alternativas tecnológicas para aproveitamento do potencial hídrico de maneira a evitar os problemas colaterais sempre presentes na construções dessas super estruturas. Uma das tecnologias que se mostram promissoras parece ser o de se aproveitar a energia cinética de movimentação da corrente da água de um rio sem o uso de represas. Os primeiros experimentos foram feitos com a adaptação de turbinas de fluxo cruzado, o que não produziu resultados satisfatórios visto que o rendimento desse tipo de aparelho fica mais adequado com uma maior diferença de potencial (desnível e pressão da água).

Varias propostas tecnologicas surgiram nos últimos tempos. Uma delas é pelo uso de um rotor helicoidial tipo "Gorlov". Outra proposta foi adaptar aparelhos derivados de geradores eólicos para funcionar no fluxo de água dos rios, o que já tem se mostrado altamente promissor, mas ainda existem aspectos técnicos a serem resolvidos. Os melhores resultados até o presente momento se obteve com micro-usinas de até 10kW. A vantagem é que pode-se produzir energia em locais próximos ao ponto do consumo, o que gera uma economia fantástica em investimentos de transmissão e também permite uma economia por diminuição de perdas.

Desafios tecnológicos a se superar ainda é desenvolver uma liga para as hélices que tenham um desempenho similar às dos geradores eólicos mas que vão funcionar em um meio 360 vezes mais denso do que o ar. Outra dificuldade técnica a ser resolvida é o desenvolvimento geradores assíncronos (que funcionam a diferentes rotações) de baixo custo e de eficiência otimizada.

Outra questão não completamente resolvida é saber o quanto esse tipo de instalação vai influenciar nas características biológicas do meio aquático, principalmente com organismos superiores como os peixes.


Fig 1 - Esquema interno

Links - em ingles

http://www.popularmechanics.com/science/earth/4281714.html

http://www.free-flow-power.com/index.php?id=10

Baseado no "sistema cão"!

O mundo conforme Casciari (*)
Li uma vez que a Argentina não é nem melhor nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.
A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, se masturba, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne. Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco.
A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com o Brasil, que tem 14 anos e um membro grande. O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.
No outro extremo, está a China milenária. Se dividirmos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana.
Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai. Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos. A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul. O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adotar o bebê Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda. A França é uma separada de 36 anos, mais puta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mônaco, que vai acabar virando puto ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que está casado com Áustria, que sabe que é chifruda, mas que não se importa.
A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gêmeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens. A Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (A Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar espaguete). A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa foder pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira. Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta. A Escócia e a Irlanda, os irmãos de Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família. A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com Coréia. A Coréia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gêmeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida. Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.
Irã e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negocio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar) com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos, alguns mongolóides, outros esquizofrênicos. Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo, descobrimos que tem um país que se chama Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passar por ignorantes. Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já existem ainda não funcionam?
*NOTA SOBRE O AUTOR:* *Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de março de 1971. Escritor e jornalista argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e blog, destacado na blognovela. Sua obra mais conhecida na rede, 'Weblog de una mujer gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más respeto, que soy tu madre'.*

Essa eu não podia deixar de divulgar!! Simples... mas verdadeira!!!
Carta do Zé agricultor para o amigo Luis da cidade - Tema: Ecologia
Sátira escrita por Luciano Pizzato.
Engenheiro Florestal(1*Premio Nacional de Ecologia)
Desabafo sobre a estupidez da burocracia e dos "caga-regras "

Carta do Zé agricultor para o amigo Luis da cidade

¨Luis, quanto tempo. Sou o Zé, seu colega de ginásio, que chegava sempre atrasado, pois a Kombi que pegava no ponto perto do sítio atrasava um pouco. Lembra, né, o do sapato sujo? A professora nunca entendeu que tinha de caminhar 4 km até o ponto da Kombi na ida e volta e o sapato sujava.
Lembra? Se não, sou o Zé com sono... hehe. A Kombi parava as onze da noite no ponto de volta, e com a caminhada ia dormi lá pela uma, e o pai precisava de ajuda para ordenhá as vaca às 5h30 toda manhã. Dava um sono. Agora lembra, né Luis?!
Pois é. Tô pensando em mudá ai com você. Não que seja ruim o sítio, aqui é uma maravilha. Mato, passarinho, ar bom. Só que acho que tô estragando a vida de você Luis, e teus amigo ai na cidade. To vendo todo mundo fala que nóis da agricultura estamo destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sitio do pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que pará de estuda) fica só a meia hora ai da Capital, e depois dos 4 km a pé, só 10 minuto da sede do município. Mas continuo sem Luz porque os Poste não podem passar por uma tal de APPA que criaram aqui. A água vem do poço, uma maravilha, mas um homem veio e falô que tenho que faze uma outorga e paga uma taxa de uso, porque a água vai acabá. Se falô deve ser verdade.
Pra ajudá com as 12 vaca de leite (o pai foi, né ...) contratei o Juca, filho do vizinho, carteira assinada, salário mínimo, morava no fundo de casa, comia com a gente, tudo de bão. Mas também veio outro homem aqui, e falo que se o Juca fosse ordenha as 5:30 tinha que recebe mais, e não podia trabalha sábado e domingo (mas as vaca não param de faze leite no fim de semana).
Também visitô a casinha dele, e disse que o beliche tava 2 cm menor do que devia, e a lâmpada (tenho gerador, não te contei !) estava em cima do fogão era do tipo que se esquentasse podia explodi (não entendi ?). A comida que nóis fazia junto tinha que faze parte do salário dele. Bom, Luis tive que pedi pro Juca voltá pra casa, desempregado, mas protegido agora pelo tal homem. Só que acho que não deu certo, soube que foi preso na cidade roubando comida. Do tal homem que veio protegê ele, não sei se tava junto.
Na Capital também é assim né, Luis? Tua empregada vai pra uma casa boa toda noite, de carro, tranquila. Você não deixa ela morá nas tal favela, ou beira de rio, porque senão te multam ou o homem vai aí mandar você dar casa boa, e um montão de outras coisa. É tudo igual aí né?
Mas agora, eu e a Maria (lembra dela, casei ) fazemo a ordenha as 5:30, levamo o leite de carroça até onde era o ponto da Kombi, e a cooperativa pega todo dia, se não chove. Se chove, perco o leite e dô pros porco.
Té que o Juca fez economia pra nóis, pois antes me sobrava só um salário por mês, e agora eu e Maria temos sobrado dois salário por mês. Melhorô. Os porco não, pois também veio outro homem e disse que a distancia do Rio não podia ser 20 metro e tinha que derrubá tudo e fazer a 30 metro. Também colocá umas coisa pra protege o Rio. Achei que ele tava certo e disse que ia fazê, e sozinho ia demorá uns trinta dia, só que mesmo assim ele me multo, e pra pagá vendi os porco e a pocilga, e fiquei só com as vaca. O promotor disse que desta vez por este crime não vai me prendê, e fez eu dá cesta básica pro orfanato. O Luis, ai quando vocês sujam o Rio também paga multa né?
Agora a água do poço posso pagá, mas to preocupado com a água do Rio. Todo ele aqui deve ser como na tua cidade Luis, protegido, tem mato dos dois lado, as vaca não chegam nele, não tem erosão, a pocilga acabo . Só que algo tá errado, pois ele fede e a água é preta e já subiu o Rio até a divisa da Capital, e ele vem todo sujo e fedendo ai da tua terra.
Mas vocês não fazem isto né Luis? Pois aqui a multa é grande, e dá prisão. Cortá árvore então, vige. Tinha uma árvore grande que murchô e ia morre, então pedi pra eu tirá, aproveitá a madeira pois até podia cair em cima da casa. Como ninguém respondeu ai do escritório que fui, pedi na Capital (não tem aqui não), depois de uns 8 mes, quando a árvore morreu e tava apodrecendo, resolvi tirar, e veja Luis, no outro dia já tinha um fiscal aqui e levei uma multa. Acho que desta vez o delegado me prende.
Tô preocupado Luis, pois no radio deu que a nova Lei vai dá multa de 500,00 a 20.000,00 por hectare e por dia da propriedade que tenha algo errado por aqui. Calculei por 500,00 e vi que perco o sitio em uma semana. Então é melhor vende, e ir morá onde todo mundo cuida da ecologia, pois não tem multa ai. Tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazê nada errado, só falei das coisa por ter certeza que a Lei é pra todos nois.
E vou morar cocê, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usá o dinheiro primeiro pra comprá aquela coisa branca, a geladeira, que aqui no sitio eu encho com tudo que produzo na roça, no pomar, com as vaquinha, e ai na cidade, diz que é fácil, é só abri e a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nóis, os criminoso aqui da roça.
Até Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas não conte até eu vendê o sitio "


(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desiqual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Por Ambiente Brasil - Luciano Pizzatto (*)
* É engenheiro florestal, especialista em direito socioambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF/IBAMA 88/89, deputado desde 1989, detentor do 1º Prêmio Nacional de Ecologia.

Entregaram o galinheiro às raposas.

Entregaram o galinheiro às raposas.

Dos 36 deputados federais que compõem a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, 16 são da  bancada ruralista, ligados à UDR.  Sempre se espera que parlamentares que defendem o agronegócio se estabeleçam em pontos-chave para tentar garantir que suas agendas sejam as acolhidas.

 

De resto isso faz parte do jogo democrático e é um direito legitimo que lhes assiste, mas se comportam como realmente são: quem só enxerga o seu próprio umbigo. Lamentável é que tenham se aninhado desta vez justo nessa Comissão de Meio Ambiente, pois é pública e notória a agenda negativa para essa área defendida por eles. 

 

Todos que acompanham a discussão do Código Florestal sabem que nos moldes que ela se coloca hoje é um jogo de soma zero, sem perspectiva de assegurar avanços importantes em termos de uma política efetiva de conservação associada ao combate ao aquecimento global e desenvolvimento sustentável. Tudo está formatado apenas no curto prazo.

 

A população  comum não consegue acompanhar essa discussão. 

 

Hoje, quando se afirma maliciosamente que a agricultura brasileira tem efetivamente uma barreira ao seu desenvolvimento na manutenção das normas ambientais de maneira geral, e especificamente no Código Florestal, tem-se como objetivo favorecer uma visão de curtíssimo prazo que atende única e exclusivamente setores atrasados da economia agropecuária nacional, que não têm sido competentes em inovar tecnologicamente, além de na maioria das vezes se apropriarem ilegalmente de terras públicas, mediante meios escuros, jogos de influencias ou como a grilagem, expulsão de populações tradicionais e de baixa renda, pelo uso de pistoleiros. .

 

É o desenvolvimento futuro e sobrevivência da nação como um todo que se opõem ao arcaico da UDR: chega a ser quase bandidagem pura e simples versus uma visão que incorpora a dimensão ética da sustentabilidade, traduzida por práticas socioambientais inovadoras, que compreendem o desafio da humanidade em produzir com menor intensidade de recursos ambientais, reconhecendo os limites do planeta no concreto.


postado por henry Henkels em 10 fevereiro 2009


 

 

 

“DES”envolvimento e “IN”sustentabilidade


Com a notoriedade que lhe é peculiar, o Henry através de seu artigo me fez refletir sobre a real ou imaginária possibilidade de que esta crise seja benéfica para o fortalecimento da democracia mundial rumando para um equilíbrio da economia mundial.... e prosseguindo com minha visão de Poliana, de que é uma oportunidade para o Brasil e seus empreendedores mostrarem seu diferencial que consiste, exatamente, no seu lado verde... Lembrei do artigo “Os engodos do mercado” onde Leonardo Boff expõe o que transcrevo na íntegra:”Podemos imaginar a profunda perplexidade que a crise dos mercados mundiais se abateu sobre os ideólogos do neoliberalismo, do Estado mínimo e dos vendedores das ilusões do mercado. A queda do muro do Berlin em 1989 e a implosão da União Soviética provocou a euforia do capitalismo. Reagan e Tatcher, agora sem o contraponto socialista, aproveitaram a ocasião para radicalizar os “valores” do capitalismo, especialmente das excelências do mercado que tudo resolveria. Para facilitar a obra, começaram por desmoralizar o Estado como péssimo gestor e difamar a política como o mundo da corrupção. Naturalmente havia e ainda há problemas nestas instâncias. Mas não se pode abrir mão do Estado e da política se não quisermos regredir à barbárie social. Em seu lugar, dizia-se, devem entrar as ordenações excogitadas no seio dos organismos nascidos em Bretton Woods e dos grandes conglomerados multiraterais. Entre nós, chegou-se a ridicularizar quem falasse em projeto nacional. Agora, sob a globalização, insistiam, vigora o projeto-mundo. E o Brasil deve inserir-se nele, mesmo de forma subalterna. O Estado deve ser reduzido ao mínimo e deixar livre campo para mercado fazer os seus negócios. Nós que viemos, como tantos outros, do compromisso com os direitos humanos, especialmente, dos mais vulneráveis, demo-nos logo conta de que agora o principal violador destes direitos era o Estado mercantil e neo-liberal. Pois os direitos deixavam de ser inalienáveis. Eram transformados em necessidades humanas cuja satisfação deve ser buscada no mercado. Só tem direitos quem pode pagar e for consumidor Não é mais o Estado que vai garantir os mínimos para a vida. Como a grande maioria da população não participa do mercado, via negado seu direito. Podemos e devemos discutir o estatudo do Estado-nação. Na nova fase planetária da humanidade mais e mais se notam as limitações dos Estados e cresce a urgência de um centro de ordenação política que atenda às demandas coletivas da humanidade por alimento, água, saúde, moradia, saúde e segurança. Mas enquanto não chegarmos à implantação deste organismo, cabe ao Estado ter a gestão do bem comum, impor limites à voracidade das multinacionais e implementar um projeto nacional. A crise econômica atual desmascarou como falsas as teses neoliberais e o combate ao Estado. Com espanto um jornal empresarial escreveu em letras garrafais em sua secção de economia “Mercado Irracional” como se um dia o mercado fosse racional, mercado que deixa de fora 2/3 da humanidade. Uma conhecida comentarista de assuntos econômicos, verdadeira sacerdotiza do mercado e do Estado mínimo, inflada de arrogância escreveu:”As autoridades americanas erraram na regulação e na fiscalização, erraram na avaliação da dimensão da crise, erraram na dose do remédio; e erram quando têm comportamento contraditório e errático” E por minha conta, acrescentaria: erraram em não convoca-la como a grande pitoniza que teria a solução adivinhatória para a atual crise dos mercados. A lição é clara: deixada por conta do mercado e da voracidade do sistema financeiro especulativo, a crise ter-se-ia transformado numa tragédia de proporções planetárias pondo em grave risco o sistema econômico mundial. Logicamente, as grandes vitimas seriam os de sempre: os chamados zeros econômicos, os pobres e excluídos. Foi o difamado Estado que teve que entrar com quase dois trilhões de dólares para, no último momento, evitar o pior. São fatos que nos convidam a revisões profundas ou pelo menos, para alguns a serem menos arrogantes”.
Essa visão do Estado como péssimo gestor e da política como o mundo da corrupção mostra, também, alguns reflexos inusitados como no constrangimento que percebi em colegas e conhecidos que assumiram cadeiras públicas, como homens de confiança, na próxima gestão dos prefeitos do Quiriri. Ouvindo frases como “eu não queria, mas...”, ou, “nunca pensei trabalhar no serviço público mas agora vamos mudar tudo” ou ainda, “o salário público é pouco atrativo para bons profissionais” (como se todos nós que lá estamos fossemos estúpidos medíocres) percebo e concordo que nossa maior crise é mesmo a “Crise de Humanidade”. As pessoas tem medo de “Ser” e sub-vivem somente no “Ter”. O coletivo é suplantado pelo individual e essa patologia está nos encapsulando na mediocridade generalizada. Assim, trazendo a crise pra nosso contexto preocupo-me com a iminente e possível adaptação de nossos políticos e empreendedores a um contexto desequilibrado, mórbido e patológico como este, onde uma visão de pequenez e estreiteza acentuada pela vaidade e pelas alianças com o capital que não está interessado no humano e no seu destino, não consigam enxergar as oportunidades que uma crise pode apresentar... e assim, sem o envolvimento necessário, “DES”envolvidos migremos para o “IN”sustentável...Em todo caso, estou torcendo e acreditando que nossa futura rede de relações dentro do Consórcio seja composta de pessoas sérias que consigam conversar sem cuspir...
leoni fuerst