CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI - Gestão 2009/2010

Eleitos em 30 de março de 2009
Presidente da Assembléia Geral
MAGNO BOLLMANN (Prefeito de São Bento do Sul)
Vice-Presidente 1 - OSNI JOSÉ SCHROEDER (Prefeito de Rio Negrinho)
Vice-Presidente 2 - LUIZ CARLOS TAMANINI (Prefeito de Corupá)
Vice-Presidente 3 - VILMAR GROSSKOPF (Prefeito de Campo Alegre)
Respectivamente:
1 - Vice-Presidente de Política de Recursos Hídricos e Proteção aos Mananciais
2 - Vice-Presidente de Educação Ambiental, Mobilização Participativa e Assuntos Institucionais
3 - Vice-Presidente da Integração e Programas Regionais, e Tecnologia
Secretária Executiva - LEONI FÜERST PACHECO (Prefeitura de Rio Negrinho)
Sub-Secretário - MAURO FERNANDES BÁCSFALUSI (Prefeitura de São Bento do Sul)
SEDE DO CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI
Rua Felipe Schmidt, 331 - Sala 1
89.290-000 / São Bento do Sul - SC
Caixa Postal - 541
Fone/fax: (047)3633-3455
E-mail: consorcio@quiriri.com.br / leoni@quiriri.com.br / mauro@quiriri.com.br


“DES”envolvimento e “IN”sustentabilidade


Com a notoriedade que lhe é peculiar, o Henry através de seu artigo me fez refletir sobre a real ou imaginária possibilidade de que esta crise seja benéfica para o fortalecimento da democracia mundial rumando para um equilíbrio da economia mundial.... e prosseguindo com minha visão de Poliana, de que é uma oportunidade para o Brasil e seus empreendedores mostrarem seu diferencial que consiste, exatamente, no seu lado verde... Lembrei do artigo “Os engodos do mercado” onde Leonardo Boff expõe o que transcrevo na íntegra:”Podemos imaginar a profunda perplexidade que a crise dos mercados mundiais se abateu sobre os ideólogos do neoliberalismo, do Estado mínimo e dos vendedores das ilusões do mercado. A queda do muro do Berlin em 1989 e a implosão da União Soviética provocou a euforia do capitalismo. Reagan e Tatcher, agora sem o contraponto socialista, aproveitaram a ocasião para radicalizar os “valores” do capitalismo, especialmente das excelências do mercado que tudo resolveria. Para facilitar a obra, começaram por desmoralizar o Estado como péssimo gestor e difamar a política como o mundo da corrupção. Naturalmente havia e ainda há problemas nestas instâncias. Mas não se pode abrir mão do Estado e da política se não quisermos regredir à barbárie social. Em seu lugar, dizia-se, devem entrar as ordenações excogitadas no seio dos organismos nascidos em Bretton Woods e dos grandes conglomerados multiraterais. Entre nós, chegou-se a ridicularizar quem falasse em projeto nacional. Agora, sob a globalização, insistiam, vigora o projeto-mundo. E o Brasil deve inserir-se nele, mesmo de forma subalterna. O Estado deve ser reduzido ao mínimo e deixar livre campo para mercado fazer os seus negócios. Nós que viemos, como tantos outros, do compromisso com os direitos humanos, especialmente, dos mais vulneráveis, demo-nos logo conta de que agora o principal violador destes direitos era o Estado mercantil e neo-liberal. Pois os direitos deixavam de ser inalienáveis. Eram transformados em necessidades humanas cuja satisfação deve ser buscada no mercado. Só tem direitos quem pode pagar e for consumidor Não é mais o Estado que vai garantir os mínimos para a vida. Como a grande maioria da população não participa do mercado, via negado seu direito. Podemos e devemos discutir o estatudo do Estado-nação. Na nova fase planetária da humanidade mais e mais se notam as limitações dos Estados e cresce a urgência de um centro de ordenação política que atenda às demandas coletivas da humanidade por alimento, água, saúde, moradia, saúde e segurança. Mas enquanto não chegarmos à implantação deste organismo, cabe ao Estado ter a gestão do bem comum, impor limites à voracidade das multinacionais e implementar um projeto nacional. A crise econômica atual desmascarou como falsas as teses neoliberais e o combate ao Estado. Com espanto um jornal empresarial escreveu em letras garrafais em sua secção de economia “Mercado Irracional” como se um dia o mercado fosse racional, mercado que deixa de fora 2/3 da humanidade. Uma conhecida comentarista de assuntos econômicos, verdadeira sacerdotiza do mercado e do Estado mínimo, inflada de arrogância escreveu:”As autoridades americanas erraram na regulação e na fiscalização, erraram na avaliação da dimensão da crise, erraram na dose do remédio; e erram quando têm comportamento contraditório e errático” E por minha conta, acrescentaria: erraram em não convoca-la como a grande pitoniza que teria a solução adivinhatória para a atual crise dos mercados. A lição é clara: deixada por conta do mercado e da voracidade do sistema financeiro especulativo, a crise ter-se-ia transformado numa tragédia de proporções planetárias pondo em grave risco o sistema econômico mundial. Logicamente, as grandes vitimas seriam os de sempre: os chamados zeros econômicos, os pobres e excluídos. Foi o difamado Estado que teve que entrar com quase dois trilhões de dólares para, no último momento, evitar o pior. São fatos que nos convidam a revisões profundas ou pelo menos, para alguns a serem menos arrogantes”.
Essa visão do Estado como péssimo gestor e da política como o mundo da corrupção mostra, também, alguns reflexos inusitados como no constrangimento que percebi em colegas e conhecidos que assumiram cadeiras públicas, como homens de confiança, na próxima gestão dos prefeitos do Quiriri. Ouvindo frases como “eu não queria, mas...”, ou, “nunca pensei trabalhar no serviço público mas agora vamos mudar tudo” ou ainda, “o salário público é pouco atrativo para bons profissionais” (como se todos nós que lá estamos fossemos estúpidos medíocres) percebo e concordo que nossa maior crise é mesmo a “Crise de Humanidade”. As pessoas tem medo de “Ser” e sub-vivem somente no “Ter”. O coletivo é suplantado pelo individual e essa patologia está nos encapsulando na mediocridade generalizada. Assim, trazendo a crise pra nosso contexto preocupo-me com a iminente e possível adaptação de nossos políticos e empreendedores a um contexto desequilibrado, mórbido e patológico como este, onde uma visão de pequenez e estreiteza acentuada pela vaidade e pelas alianças com o capital que não está interessado no humano e no seu destino, não consigam enxergar as oportunidades que uma crise pode apresentar... e assim, sem o envolvimento necessário, “DES”envolvidos migremos para o “IN”sustentável...Em todo caso, estou torcendo e acreditando que nossa futura rede de relações dentro do Consórcio seja composta de pessoas sérias que consigam conversar sem cuspir...
leoni fuerst


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