Li uma vez que a Argentina não é nem melhor nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI - Gestão 2009/2010
Presidente da Assembléia Geral
MAGNO BOLLMANN (Prefeito de São Bento do Sul)
Vice-Presidente 1 - OSNI JOSÉ SCHROEDER (Prefeito de Rio Negrinho)
Vice-Presidente 2 - LUIZ CARLOS TAMANINI (Prefeito de Corupá)
Vice-Presidente 3 - VILMAR GROSSKOPF (Prefeito de Campo Alegre)
Respectivamente:
1 - Vice-Presidente de Política de Recursos Hídricos e Proteção aos Mananciais
2 - Vice-Presidente de Educação Ambiental, Mobilização Participativa e Assuntos Institucionais
3 - Vice-Presidente da Integração e Programas Regionais, e Tecnologia
Secretária Executiva - LEONI FÜERST PACHECO (Prefeitura de Rio Negrinho)
Sub-Secretário - MAURO FERNANDES BÁCSFALUSI (Prefeitura de São Bento do Sul)
SEDE DO CONSÓRCIO AMBIENTAL QUIRIRI
Rua Felipe Schmidt, 331 - Sala 1
89.290-000 / São Bento do Sul - SC
Caixa Postal - 541
Fone/fax: (047)3633-3455
E-mail: consorcio@quiriri.com.br / leoni@quiriri.com.br / mauro@quiriri.com.br
Baseado no "sistema cão"!
Li uma vez que a Argentina não é nem melhor nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'. Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares reveladores.

Carta do Zé agricultor para o amigo Luis da cidade - Tema: Ecologia
Sátira escrita por Luciano Pizzato.
Engenheiro Florestal(1*Premio Nacional de Ecologia)
¨Luis, quanto tempo. Sou o Zé, seu colega de ginásio, que chegava sempre atrasado, pois a Kombi que pegava no ponto perto do sítio atrasava um pouco. Lembra, né, o do sapato sujo? A professora nunca entendeu que tinha de caminhar 4 km até o ponto da Kombi na ida e volta e o sapato sujava.
Lembra? Se não, sou o Zé com sono... hehe. A Kombi parava as onze da noite no ponto de volta, e com a caminhada ia dormi lá pela uma, e o pai precisava de ajuda para ordenhá as vaca às 5h30 toda manhã. Dava um sono. Agora lembra, né Luis?!
Pois é. Tô pensando em mudá ai com você. Não que seja ruim o sítio, aqui é uma maravilha. Mato, passarinho, ar bom. Só que acho que tô estragando a vida de você Luis, e teus amigo ai na cidade. To vendo todo mundo fala que nóis da agricultura estamo destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sitio do pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que pará de estuda) fica só a meia hora ai da Capital, e depois dos 4 km a pé, só 10 minuto da sede do município. Mas continuo sem Luz porque os Poste não podem passar por uma tal de APPA que criaram aqui. A água vem do poço, uma maravilha, mas um homem veio e falô que tenho que faze uma outorga e paga uma taxa de uso, porque a água vai acabá. Se falô deve ser verdade.
Pra ajudá com as 12 vaca de leite (o pai foi, né ...) contratei o Juca, filho do vizinho, carteira assinada, salário mínimo, morava no fundo de casa, comia com a gente, tudo de bão. Mas também veio outro homem aqui, e falo que se o Juca fosse ordenha as 5:30 tinha que recebe mais, e não podia trabalha sábado e domingo (mas as vaca não param de faze leite no fim de semana).
Também visitô a casinha dele, e disse que o beliche tava 2 cm menor do que devia, e a lâmpada (tenho gerador, não te contei !) estava em cima do fogão era do tipo que se esquentasse podia explodi (não entendi ?). A comida que nóis fazia junto tinha que faze parte do salário dele. Bom, Luis tive que pedi pro Juca voltá pra casa, desempregado, mas protegido agora pelo tal homem. Só que acho que não deu certo, soube que foi preso na cidade roubando comida. Do tal homem que veio protegê ele, não sei se tava junto.
Na Capital também é assim né, Luis? Tua empregada vai pra uma casa boa toda noite, de carro, tranquila. Você não deixa ela morá nas tal favela, ou beira de rio, porque senão te multam ou o homem vai aí mandar você dar casa boa, e um montão de outras coisa. É tudo igual aí né?
Mas agora, eu e a Maria (lembra dela, casei ) fazemo a ordenha as 5:30, levamo o leite de carroça até onde era o ponto da Kombi, e a cooperativa pega todo dia, se não chove. Se chove, perco o leite e dô pros porco.
Té que o Juca fez economia pra nóis, pois antes me sobrava só um salário por mês, e agora eu e Maria temos sobrado dois salário por mês. Melhorô. Os porco não, pois também veio outro homem e disse que a distancia do Rio não podia ser 20 metro e tinha que derrubá tudo e fazer a 30 metro. Também colocá umas coisa pra protege o Rio. Achei que ele tava certo e disse que ia fazê, e sozinho ia demorá uns trinta dia, só que mesmo assim ele me multo, e pra pagá vendi os porco e a pocilga, e fiquei só com as vaca. O promotor disse que desta vez por este crime não vai me prendê, e fez eu dá cesta básica pro orfanato. O Luis, ai quando vocês sujam o Rio também paga multa né?
Agora a água do poço posso pagá, mas to preocupado com a água do Rio. Todo ele aqui deve ser como na tua cidade Luis, protegido, tem mato dos dois lado, as vaca não chegam nele, não tem erosão, a pocilga acabo . Só que algo tá errado, pois ele fede e a água é preta e já subiu o Rio até a divisa da Capital, e ele vem todo sujo e fedendo ai da tua terra.
Mas vocês não fazem isto né Luis? Pois aqui a multa é grande, e dá prisão. Cortá árvore então, vige. Tinha uma árvore grande que murchô e ia morre, então pedi pra eu tirá, aproveitá a madeira pois até podia cair em cima da casa. Como ninguém respondeu ai do escritório que fui, pedi na Capital (não tem aqui não), depois de uns 8 mes, quando a árvore morreu e tava apodrecendo, resolvi tirar, e veja Luis, no outro dia já tinha um fiscal aqui e levei uma multa. Acho que desta vez o delegado me prende.
Tô preocupado Luis, pois no radio deu que a nova Lei vai dá multa de 500,00 a 20.000,00 por hectare e por dia da propriedade que tenha algo errado por aqui. Calculei por 500,00 e vi que perco o sitio em uma semana. Então é melhor vende, e ir morá onde todo mundo cuida da ecologia, pois não tem multa ai. Tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazê nada errado, só falei das coisa por ter certeza que a Lei é pra todos nois.
E vou morar cocê, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usá o dinheiro primeiro pra comprá aquela coisa branca, a geladeira, que aqui no sitio eu encho com tudo que produzo na roça, no pomar, com as vaquinha, e ai na cidade, diz que é fácil, é só abri e a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nóis, os criminoso aqui da roça.
Até Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas não conte até eu vendê o sitio "
(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desiqual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Por Ambiente Brasil - Luciano Pizzatto (*)
* É engenheiro florestal, especialista em direito socioambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF/IBAMA 88/89, deputado desde 1989, detentor do 1º Prêmio Nacional de Ecologia.
Entregaram o galinheiro às raposas.
Entregaram o galinheiro às raposas.
Dos 36 deputados federais que compõem a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, 16 são da bancada ruralista, ligados à UDR. Sempre se espera que parlamentares que defendem o agronegócio se estabeleçam em pontos-chave para tentar garantir que suas agendas sejam as acolhidas.
De resto isso faz parte do jogo democrático e é um direito legitimo que lhes assiste, mas se comportam como realmente são: quem só enxerga o seu próprio umbigo. Lamentável é que tenham se aninhado desta vez justo nessa Comissão de Meio Ambiente, pois é pública e notória a agenda negativa para essa área defendida por eles.
Todos que acompanham a discussão do Código Florestal sabem que nos moldes que ela se coloca hoje é um jogo de soma zero, sem perspectiva de assegurar avanços importantes em termos de uma política efetiva de conservação associada ao combate ao aquecimento global e desenvolvimento sustentável. Tudo está formatado apenas no curto prazo.
A população comum não consegue acompanhar essa discussão.
Hoje, quando se afirma maliciosamente que a agricultura brasileira tem efetivamente uma barreira ao seu desenvolvimento na manutenção das normas ambientais de maneira geral, e especificamente no Código Florestal, tem-se como objetivo favorecer uma visão de curtíssimo prazo que atende única e exclusivamente setores atrasados da economia agropecuária nacional, que não têm sido competentes em inovar tecnologicamente, além de na maioria das vezes se apropriarem ilegalmente de terras públicas, mediante meios escuros, jogos de influencias ou como a grilagem, expulsão de populações tradicionais e de baixa renda, pelo uso de pistoleiros. .
É o desenvolvimento futuro e sobrevivência da nação como um todo que se opõem ao arcaico da UDR: chega a ser quase bandidagem pura e simples versus uma visão que incorpora a dimensão ética da sustentabilidade, traduzida por práticas socioambientais inovadoras, que compreendem o desafio da humanidade em produzir com menor intensidade de recursos ambientais, reconhecendo os limites do planeta no concreto.
postado por henry Henkels em 10 fevereiro 2009
“DES”envolvimento e “IN”sustentabilidade
Com a notoriedade que lhe é peculiar, o Henry através de seu artigo me fez refletir sobre a real ou imaginária possibilidade de que esta crise seja benéfica para o fortalecimento da democracia mundial rumando para um equilíbrio da economia mundial.... e prosseguindo com minha visão de Poliana, de que é uma oportunidade para o Brasil e seus empreendedores mostrarem seu diferencial que consiste, exatamente, no seu lado verde... Lembrei do artigo “Os engodos do mercado” onde Leonardo Boff expõe o que transcrevo na íntegra:”Podemos imaginar a profunda perplexidade que a crise dos mercados mundiais se abateu sobre os ideólogos do neoliberalismo, do Estado mínimo e dos vendedores das ilusões do mercado. A queda do muro do Berlin em 1989 e a implosão da União Soviética provocou a euforia do capitalismo. Reagan e Tatcher, agora sem o contraponto socialista, aproveitaram a ocasião para radicalizar os “valores” do capitalismo, especialmente das excelências do mercado que tudo resolveria. Para facilitar a obra, começaram por desmoralizar o Estado como péssimo gestor e difamar a política como o mundo da corrupção. Naturalmente havia e ainda há problemas nestas instâncias. Mas não se pode abrir mão do Estado e da política se não quisermos regredir à barbárie social. Em seu lugar, dizia-se, devem entrar as ordenações excogitadas no seio dos organismos nascidos em Bretton Woods e dos grandes conglomerados multiraterais. Entre nós, chegou-se a ridicularizar quem falasse em projeto nacional. Agora, sob a globalização, insistiam, vigora o projeto-mundo. E o Brasil deve inserir-se nele, mesmo de forma subalterna. O Estado deve ser reduzido ao mínimo e deixar livre campo para mercado fazer os seus negócios. Nós que viemos, como tantos outros, do compromisso com os direitos humanos, especialmente, dos mais vulneráveis, demo-nos logo conta de que agora o principal violador destes direitos era o Estado mercantil e neo-liberal. Pois os direitos deixavam de ser inalienáveis. Eram transformados em necessidades humanas cuja satisfação deve ser buscada no mercado. Só tem direitos quem pode pagar e for consumidor Não é mais o Estado que vai garantir os mínimos para a vida. Como a grande maioria da população não participa do mercado, via negado seu direito. Podemos e devemos discutir o estatudo do Estado-nação. Na nova fase planetária da humanidade mais e mais se notam as limitações dos Estados e cresce a urgência de um centro de ordenação política que atenda às demandas coletivas da humanidade por alimento, água, saúde, moradia, saúde e segurança. Mas enquanto não chegarmos à implantação deste organismo, cabe ao Estado ter a gestão do bem comum, impor limites à voracidade das multinacionais e implementar um projeto nacional. A crise econômica atual desmascarou como falsas as teses neoliberais e o combate ao Estado. Com espanto um jornal empresarial escreveu em letras garrafais em sua secção de economia “Mercado Irracional” como se um dia o mercado fosse racional, mercado que deixa de fora 2/3 da humanidade. Uma conhecida comentarista de assuntos econômicos, verdadeira sacerdotiza do mercado e do Estado mínimo, inflada de arrogância escreveu:”As autoridades americanas erraram na regulação e na fiscalização, erraram na avaliação da dimensão da crise, erraram na dose do remédio; e erram quando têm comportamento contraditório e errático” E por minha conta, acrescentaria: erraram em não convoca-la como a grande pitoniza que teria a solução adivinhatória para a atual crise dos mercados. A lição é clara: deixada por conta do mercado e da voracidade do sistema financeiro especulativo, a crise ter-se-ia transformado numa tragédia de proporções planetárias pondo em grave risco o sistema econômico mundial. Logicamente, as grandes vitimas seriam os de sempre: os chamados zeros econômicos, os pobres e excluídos. Foi o difamado Estado que teve que entrar com quase dois trilhões de dólares para, no último momento, evitar o pior. São fatos que nos convidam a revisões profundas ou pelo menos, para alguns a serem menos arrogantes”.
Essa visão do Estado como péssimo gestor e da política como o mundo da corrupção mostra, também, alguns reflexos inusitados como no constrangimento que percebi em colegas e conhecidos que assumiram cadeiras públicas, como homens de confiança, na próxima gestão dos prefeitos do Quiriri. Ouvindo frases como “eu não queria, mas...”, ou, “nunca pensei trabalhar no serviço público mas agora vamos mudar tudo” ou ainda, “o salário público é pouco atrativo para bons profissionais” (como se todos nós que lá estamos fossemos estúpidos medíocres) percebo e concordo que nossa maior crise é mesmo a “Crise de Humanidade”. As pessoas tem medo de “Ser” e sub-vivem somente no “Ter”. O coletivo é suplantado pelo individual e essa patologia está nos encapsulando na mediocridade generalizada. Assim, trazendo a crise pra nosso contexto preocupo-me com a iminente e possível adaptação de nossos políticos e empreendedores a um contexto desequilibrado, mórbido e patológico como este, onde uma visão de pequenez e estreiteza acentuada pela vaidade e pelas alianças com o capital que não está interessado no humano e no seu destino, não consigam enxergar as oportunidades que uma crise pode apresentar... e assim, sem o envolvimento necessário, “DES”envolvidos migremos para o “IN”sustentável...Em todo caso, estou torcendo e acreditando que nossa futura rede de relações dentro do Consórcio seja composta de pessoas sérias que consigam conversar sem cuspir...
leoni fuerst